O SHEIK AL-QASSAM
O Sheik Al-Qassam é sem dúvidas o Sheik que mais influenciou a história da Palestina, não só por seu ativismo político nos anos de 1920 e 1930, bem como por sua contribuição a sociedade síria e palestina, pois estava sempre ao lado dos pobres e das crianças, um verdadeiro herói nacional. Sua importância é tanta, que o grupo Hamas, de resistência a invasão sionista, nomeou seu braço armado de Brigadas Al-Qassam, em homenagem ao Sheik. Mas quem foi esse homem?
O Sheik Izz ad-Din Abd al-Qadar ibn Mustafa ibn Yusuf ibn Muhammad al-Qassam, mais conhecido apenas como Sheik Izz Ad-Din Al-Qassam, nasceu no ano de 1881 na cidade de Jableh, próximo a Latakia, na Síria, que nessa época pertencia ao Império Otomano. Durante sua infância viu os franceses e ingleses chegarem a Síria e mostrar seus interesses pelas terras. Em 1902 o Sheik foi para o Cairo estudar na prestigiada Universidade de Al-Azhar, onde em 1905 conseguiu o título de Sheik. Ainda na universidade ele começou a pregar contra o colonialismo britânico (o Egito na época já era uma colônia britânica) e com isso adotando posturas nacionalistas árabe, e em 1909 ele retornou para Jableh e começou um movimento de reavivamento islâmico incentivando os sírios, que na época estavam fracos no que tange a religião, a fazer suas orações e jejuns.
Em Setembro de 1911 a Itália invadiu a Líbia, e o Sheik Al-Qassam começou a juntar fundos e recursos para ajudar a Líbia a se livrar dos invasores. Porém ele acabou preso pelos otomanos acusado de incitar os árabes contra o governo ao pregar sua independência. Em 1912, já solto, ele chamou os árabes a uma jihad contra os italianos na Líbia e ajudou os que o apoiaram em tal em treinamento militar e recursos. Em 1914 a I Guerra começou e os otomanos se aliaram a Alemanha, indo contra os ingleses e franceses que estavam instalados na Síria, que começaram a atacar as bases turcas no local. Com a vitória dos franceses e ingleses a guerra, as terras otomanas foram ocupadas e divididas, e a Síria foi ocupada pelos franceses, assim no mesmo ano de 1918 estouram revoltas contra a ocupação francesa.
Até meados dos anos de 1920 o Sheik Al-Qassam ajudou nas revoltas contra a ocupação francesa. Em 1928 ele se muda para Haifa, na Palestina, onde passa a ministrar aulas numa mesquita local. A partir daí, ao ver os britânicos tomarem as terras palestinas e darem aos judeus, começou a pregar contra isso, e organizou uma milícia armada para lutar contra os mesmos (o Hizb Al-Istiqlal, Partido da Independência) e junto com outros proeminentes líderes fizeram uma feroz luta contra o sionismo e o governo britânico. Assim nos anos subsequentes ele começa a pregar a jihad contra os judeus, sendo o primeiro a fazer isso, e claramente o primeiro a ver que os palestinos mereciam seu país e sua independência, daí sua tamanha importância para a história local. Sua guerrilha, que atuava principalmente nas regiões mais ao norte da Palestina, levavam o medo aos britânicos e judeus, que começaram a persegui-lo. Entre 1929 e 1932 vários kibbutz's foram atacados e vários judeus expulsos da Palestina. Em 1935 seu grupo já tinha em torno de mil homens e lutavam em toda a Palestina. Mas nesse mesmo ano de 1935 os britânicos conseguiram emboscar ele e alguns de seu grupo e o assassinaram.
Hoje seu legado continua, sendo seu nome carregado tanto pelo Fatah, mas principalmente pelo Hamas, que assim como o Sheik fez no passado, luta bravamente contra a ocupação sionista da Palestina.
BIBLIOGRAFIA
Bloomfield, Jonathan (2010). Palestine. AuthorHouse.
Kayyali, Abdul-Wahhab Said (1978). Palestine: A Modern History. Croom Helm.
O Sheik Izz ad-Din Abd al-Qadar ibn Mustafa ibn Yusuf ibn Muhammad al-Qassam, mais conhecido apenas como Sheik Izz Ad-Din Al-Qassam, nasceu no ano de 1881 na cidade de Jableh, próximo a Latakia, na Síria, que nessa época pertencia ao Império Otomano. Durante sua infância viu os franceses e ingleses chegarem a Síria e mostrar seus interesses pelas terras. Em 1902 o Sheik foi para o Cairo estudar na prestigiada Universidade de Al-Azhar, onde em 1905 conseguiu o título de Sheik. Ainda na universidade ele começou a pregar contra o colonialismo britânico (o Egito na época já era uma colônia britânica) e com isso adotando posturas nacionalistas árabe, e em 1909 ele retornou para Jableh e começou um movimento de reavivamento islâmico incentivando os sírios, que na época estavam fracos no que tange a religião, a fazer suas orações e jejuns.
Em Setembro de 1911 a Itália invadiu a Líbia, e o Sheik Al-Qassam começou a juntar fundos e recursos para ajudar a Líbia a se livrar dos invasores. Porém ele acabou preso pelos otomanos acusado de incitar os árabes contra o governo ao pregar sua independência. Em 1912, já solto, ele chamou os árabes a uma jihad contra os italianos na Líbia e ajudou os que o apoiaram em tal em treinamento militar e recursos. Em 1914 a I Guerra começou e os otomanos se aliaram a Alemanha, indo contra os ingleses e franceses que estavam instalados na Síria, que começaram a atacar as bases turcas no local. Com a vitória dos franceses e ingleses a guerra, as terras otomanas foram ocupadas e divididas, e a Síria foi ocupada pelos franceses, assim no mesmo ano de 1918 estouram revoltas contra a ocupação francesa.
Até meados dos anos de 1920 o Sheik Al-Qassam ajudou nas revoltas contra a ocupação francesa. Em 1928 ele se muda para Haifa, na Palestina, onde passa a ministrar aulas numa mesquita local. A partir daí, ao ver os britânicos tomarem as terras palestinas e darem aos judeus, começou a pregar contra isso, e organizou uma milícia armada para lutar contra os mesmos (o Hizb Al-Istiqlal, Partido da Independência) e junto com outros proeminentes líderes fizeram uma feroz luta contra o sionismo e o governo britânico. Assim nos anos subsequentes ele começa a pregar a jihad contra os judeus, sendo o primeiro a fazer isso, e claramente o primeiro a ver que os palestinos mereciam seu país e sua independência, daí sua tamanha importância para a história local. Sua guerrilha, que atuava principalmente nas regiões mais ao norte da Palestina, levavam o medo aos britânicos e judeus, que começaram a persegui-lo. Entre 1929 e 1932 vários kibbutz's foram atacados e vários judeus expulsos da Palestina. Em 1935 seu grupo já tinha em torno de mil homens e lutavam em toda a Palestina. Mas nesse mesmo ano de 1935 os britânicos conseguiram emboscar ele e alguns de seu grupo e o assassinaram.Hoje seu legado continua, sendo seu nome carregado tanto pelo Fatah, mas principalmente pelo Hamas, que assim como o Sheik fez no passado, luta bravamente contra a ocupação sionista da Palestina.
BIBLIOGRAFIA
Bloomfield, Jonathan (2010). Palestine. AuthorHouse.
Kayyali, Abdul-Wahhab Said (1978). Palestine: A Modern History. Croom Helm.
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