O IMPÉRIO DO MALI
Começo
da História
A história do Mali começa
em 1050, quando os almorávidas atacaram o Império
Ganês, quando Baramendana estava como governante de um pequeno
reino no Mali. Ele era muçulmano e fez uma peregrinação
a Meca, algo que todo governante no Mali era obrigado a fazer. Após
a morte de Abu Bekr em 1087, vários reinos conquistaram a
independência de Gana, incluindo o Reino do Mali. Não se
sabe muito sobre os governantes depois disso, até que em cerca
de 1200, quando o reino Susu sob o governo de Sumanguru atacou o
Reino do Mali e matou todos os herdeiros ao trono, exceto um jovem
aleijado chamado Sundiata, que foi exilado. No entanto, Sundiata
conseguiu se recuperar e levantou um exército. Em 1235, ele
derrotou Sumanguru na Batalha de Kirina e tomou de volta o trono. Mas
ele não parou por aí. Ele derrotou seu tio e saqueou o
Reino Sangaran, conquistou Labe e foi para o leste, cruzando o [rio]
Níger, subjugando todos em seu caminho. Em 1240, Sundiata
destruiu a antiga cidade de Gana; no entanto, ele deixou que o chefe
da cidade se chamasse rei de Gana, fazendo dele o único a quem
se podia chamar de rei. Mais tarde, seu império se estendeu do
Atlântico a Kano, Katsina e Zaria no leste, às densas
florestas do sul e ao deserto do Saara ao norte. Sundiata mudou sua
capital de Djeriba para Niani no Alto Níger. A cidade de Niani
não existe mais, no entanto, há uma pequena aldeia
nessa área que tem o mesmo nome.
De
Sundiata a Mansa Musa
Em 1255, Sundiata morreu e seu
trono foi assumido por seu filho Mansa Ule. Sob o seu domínio
Bamkuk, Konkodugu e Gangaran foram adicionados ao Império do
Mali. Depois dele, os governantes do Mali eram débeis,
tornando a situação dentro do império tão
ruim que, em 1285, um escravo liberto chamado Sakuru proclamou-se
imperador. Ele era um governante ambicioso e bem sucedido que liderou
várias campanhas militares. Ele conquistou Tucolors e Songhai
Gao. Sob seu governo, o comércio floresceu. Comerciantes em
toda a África e no Oriente Médio chegaram ao reino
através do comércio. Ele também fez a
tradicional visita de peregrinação a Meca. No caminho
de volta, em 1300, ele foi assassinado na costa de Tadjurah, na costa
da Somalilândia [norte da atual Somália]. Os próximos
três sucessores, Gau, Mamadu e Abu Bekr II, tiveram pouco
impacto histórico no reino e governaram por apenas sete anos.
Mansa
Musa e o Declínio do Império
Em 1307, Mansa Musa chegou ao
trono. Ele se tornou uma lenda na Europa, África e Ásia.
É sob o seu domínio que o império do Mali se
tornou conhecido para o resto do mundo. Ele era filho de Abu Bekr II,
que era filho de uma irmã de Sundiata, tornando Mansa Musa o
bisneto de Sundiata. Em 1324, ele decidiu peregrinar Meca. Ele trouxe
consigo uma caravana de 60.000 homens e tanto ouro, que faliu o
mercado regional em Meca por 10 anos. Ao retornar, chegaram notícias
de que a cidade de Gao havia sido capturada. Em vez de voltar
diretamente para casa, ele decidiu visitar a cidade e depois disso
foi para Timbuktu. Timbuktu desenvolveu-se como uma cidade comercial
e centro cultural. A fundação da Universidade de
Sankore ocorreu sob o governo de Mansa Musa.
O Império do Mali atingiu
seu ponto culminante sob Mansa Musa e, após sua morte, em
cerca de 1332, começou seu declínio, mas ainda
permaneceu uma potência regional. Muitas vezes, foi chamado
para a assistência militar, por exemplo, por El Mamer, o rei do
Marrocos. No entanto, o conflito entre os chefes cobrou seu preço.
Em 1400, Gao se rebelou e, em 1431, os tuareg se apoderaram de Walata
e Timbuktu e, por fim, o império se dividiu em pequenos
territórios de chefes.
Comentários
Postar um comentário